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domingo, 18 de setembro de 2011

Texto construído em Língua Portuguesa (5ºP 2010-2011)





Aqui fica o texto que resultou de um trabalho de produção coletiva da turma, após o estudo da obra de leitura integral "CONTOS DA NATUREZA", de Augusto Carlos.


Que dia mais agitado!

Anunciava-se um belo dia de Verão, com os raios do nosso amigo sol a despertarem cada vez mais fortes nas nossas minúsculas cabecinhas. Os meus irmãos grãos de areia e eu ainda mal nos tínhamos recomposto das reviravoltas da última praia-mar, quando o sol nos veio reconfortar com o seu calor, deixando-nos bem aninhados uns aos outros, formando um lindo tapete de areia dourada e firme.

Contudo, este sossego iria durar pouco tempo, pois os humanos iriam chegar com a sua confusão do costume.

Logo pela manhã, os veraneantes começaram a espezinhar--nos até encontrarem o local ideal para passarem o seu tão desejado dia de praia. Como se isto não bastasse, ainda nos espetaram os ferros que suportam os seus pára-sóis, estenderam as suas inúmeras toalhas, esmagando-nos uns contra os outros, tapando-nos a luz do sol e não nos deixando respirar.

Delimitado o território de cada grupo de veraneantes, alguns ainda trouxeram o seu cão, ignorando as regras de proibição de animais na praia.

Isto hoje, esteve tão cheio, que mal pudemos ver o sol!

Quando o sol já ia bem alto, começaram a aparecer uns cheiros agradáveis a comida e, poucos momentos depois, começámos nós a sentir mal-estar com todo o lixo deitado fora pelos turistas. Porque deitam os humanos o lixo fora com tantos caixotes do lixo espalhados pela praia? Porém, nem todos os humanos são descuidados, pois também existem alguns que têm consideração por nós e pela Natureza, como os que, ainda ontem, tivemos o prazer de observar a recolher o lixo deixado por outros.

Depois da hora do almoço, um pequeno veraneante começou a fazer buracos entre nós e a separar-nos com uma peça de plástico, fazendo montinhos e deixando-nos enjoados de tantas voltas e cócegas.

Na altura da digestão, um grupo de humanos foi fumar, deixando-nos agoniados com o fumo. Ainda por cima, enfiaram a beatas dos cigarros acesas entre nós, o que nos queimou.

Momentos depois, uns pequenos veraneantes foram comprar gelados e um deles deixou cair o seu. Que sensação refrescante que tivemos!

Enquanto isto, também pudemos ver outras crianças a jogar à bola, a lançar papagaios, a brincar à apanhada, a enterrarem-se uns aos outros em nós… Au! Ui! Já não aguentávamos mais!

Passado algum tempo, quando o sol já estava a querer deitar-se, estávamos nós desesperados, quando alguns veraneantes começaram a arrumar os seus bens e a sair da praia e lá vieram de novo as pisadelas que tanto nos incomodam todos os dias. De seguida, ao entrar nos seus carros, um cheiro desagradável chegou-nos aos narizes, assim como um som irritante aos nossos ouvidos. Mas que barulheira! Se aquilo continuasse, iríamos ficar surdos!

Finalmente, começámos a sentir o sossego de que nós tanto gostamos, na companhia das nossas inseparáveis amigas gaivotas! E assim se passou um dia em que ficámos enjoados, quase surdos, agitados e esburacados.

 
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